Confraria do Sarrabulho Doce de Caíde de Rei com novos confrades e nova receita pode estar a caminho
O sarrabulho doce é uma especialidade vinda de Lousada que esteve em evidência no dia 25 de janeiro, no segundo Capítulo de Entronização da Confraria do Sarrabulho Doce de Caíde de Rei.
Em época da matança dos porcos, faz-se o tradicional Sarrabulho Doce. Era uma iguaria que já estava um pouco esquecida, até porque, diz quem habita em Caíde de Rei, há cada vez menos gente a criar e matar os seus próprios porcos. Foi nesse sentido que se criou neste lugar a Confraria que, além de levar o prato a provar de norte a sul do país e além fronteiras, ainda promove concursos de confeção do Sarrabulho Doce.
O sangue do animal, depois do cozido, mistura-se com o pão, mel e açúcar, vinho do porto. Trata-se de um doce de comer à colher, típico desta estação do ano por ser quente e, contam os mais antigos, alimentava por várias horas quem ia para as sementeiras no campo. No entanto, mudam-se os tempos e os gostos, e criam-se novas receitas.
Segundo o Chanceler Mor da Confraria, Luís Peixoto, “Estão a ser testadas novas inovações para o sarrabulho doce, que poderão ser reveladas em breve”.
Quem melhor sabe destas histórias são os confrades. Neste 2º Capítulo, juntaram-se aos já pertencentes mais 16 efetivos e quatro de honra. Destes últimos, o destaque foi para Raul Minh’Alma já que foi o padrinho do doce na sua participação no concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal”.
A cerimónia capitular decorrereu no Auditório Paroquial de Caíde de Rei, com a atuação da fadista lousadense Mélanie, seguida da bênção das insígnias e estandartes, terminando com a entronização dos novos confrades. O evento terminou com um almoço convívio, onde participaram cerca de 150 confrades e amigos.
“Este 2º Capítulo com a admissão de 20 novos confrades, efetivos e de honra, refletiu o trabalho que tem sido desenvolvido na promoção e divulgação do sarrabulho doce, pelo que sentimos que o nosso doce já não é desconhecido na região”, disse o Chanceler Mor da Confraria, Luís Peixoto.
